Execução do serviço varia conforme o tipo do freio com ou sem dispositivo antitravamento
A sangria do sistema de freio é um dos procedimentos mais importantes para manter a eficiência da frenagem. Realizada sempre que o fluido de freio é substituído, a sangria remove bolhas de ar e umidade do sistema hidráulico, garantindo que a pressão seja transmitida corretamente e evitando perda de desempenho nas frenagens.
“A sangria assegura que o sistema opere com máxima eficiência, já que qualquer presença de ar compromete a pressão hidráulica e, consequentemente, a resposta do pedal de freio”, destaca Vagner Marchiniak, consultor de marketing de produto da Controil, especialista em componentes para freios hidráulicos.
1. Preparação do sistema
O primeiro passo é verificar as condições do reservatório de fluido de freio. Se houver sujeira ou contaminação, é necessário lavá-lo cuidadosamente, removendo qualquer resíduo, principalmente no interior.
“A manutenção preventiva é essencial. A recomendação é avaliar as condições do fluido pelo menos uma vez por ano para evitar danos aos componentes do sistema de freio”, reforça Marchiniak.
Após a limpeza, o reservatório deve ser reinstalado corretamente antes de prosseguir.
2. Sangria em veículos sem ABS
Nos veículos sem sistema ABS, a sangria deve começar pelas rodas mais distantes do cilindro mestre e seguir em direção às mais próximas. O processo é feito em dupla:
Uma pessoa pressiona o pedal do freio;
A outra abre o parafuso de sangria na pinça ou no cilindro de roda, permitindo que o fluido escorra até que não haja bolhas.
Esse método garante que o ar seja expulso gradualmente sem comprometer as linhas já sangradas.
3. Sangria em veículos com ABS
Nos carros com sistema de freio ABS, o procedimento exige o uso de um scanner automotivo e o seguimento das instruções do fabricante, que podem incluir o acionamento do módulo ABS para liberar o fluido em pontos específicos do sistema.
4. Ordem correta das rodas
A sequência correta , iniciando pelas rodas mais distantes do cilindro mestre, evita que o ar volte a entrar em linhas já purgadas e garante que a pressão hidráulica seja restabelecida de forma uniforme em todo o sistema.
Fonte: O mecânico.