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Diferenças e a importância das baterias no sistema start/stop

Com o avanço e aumento na difusão dos sistemas de eletrônica embarcada no mercado automotivo, o sistema Start/Stop vem se tornando cada vez mais comum nos automóveis das mais diversas montadoras presentes em nosso dia a dia

Neste texto, abordaremos as principais discrepâncias relacionadas ao sistema e, em particular, às baterias recomendadas para seu desempenho ideal, que apresentam diferenças significativas em relação às baterias automotivas convencionais.

Primeiramente, não devemos confundir o Sistema Start/Stop com o botão de partida do veículo inscrito com os dizeres “Start” e “Stop”. Este é apenas uma evolução do comutador de ignição comum à chave e possui basicamente a mesma função. Já o Sistema Start/Stop que iremos tratar, é o nome que se dá ao sistema que desliga automaticamente o motor em uma parada rápida, como em um semáforo por exemplo, e volta a ligá-lo rapidamente assim que é se intenciona movimentar o carro novamente.

O Start/Stop foi desenvolvido visando diversas vantagens ao usuário do automóvel, como a redução de até 10% a 15% no consumo de combustível; redução da emissão de gases poluentes em até 7% e aumento no conforto com a diminuição do ruído e vibração do motor com o carro parado.

Para realizar sua função o sistema conta com sensores e é gerenciado eletronicamente identificando quando deve atuar. Em veículos com transmissão manual, o desligamento acontece com o carro parado, desengatado e com o pedal da embreagem livre e é ligado automaticamente novamente assim que a embreagem é acionada, possibilitando rapidamente a retomada do movimento. Já nos veículos equipados com transmissão automática é necessário que o pedal de freio esteja acionado, retomando o funcionamento do motor assim que o pedal é liberado. Além disso, existem diversas estratégias utilizadas para garantir a segurança e eficiência em sua utilização, como seu desativamento em casos de parada em declive, situações em que o motor não atingiu ainda sua temperatura ideal de funcionamento ou em que a carga da bateria está baixa, também religando o motor em paradas com tempo prolongado ou para manter a temperatura do ar-condicionado, por exemplo, e podendo também ser desativado manualmente.

Agindo desta forma, é evidente que o número de partidas realizadas pelo veículo aumenta substancialmente, registrando números em torno de 200 ciclos de partida por dia, o que pode levar a questionamentos em relação à eficiência de carga e vida útil das baterias equipadas, já que a demanda energética aumenta em relação a veículos que não contam com a tecnologia.

Para suprir esta necessidade foram desenvolvidas baterias especiais, com tecnologia superior e maior capacidade de carga para garantir o perfeito funcionamento do Start/Stop e dos sistemas eletrônicos do veículo como um todo. São as chamadas Baterias EFB (Enhanced Flooded Batteries) e AGM (Absorbent Glass Mat), cada uma com suas características e aplicações específicas.

Baterias EFB

As Baterias EFB, que em uma tradução livre podem ser chamadas de “baterias inundadas melhoradas”, são uma evolução das baterias de chumbo-ácido inundadas tradicionais, porém contam com placas de chumbo mais robustas e espessas e separadores aprimorados que reduzem a corrosão interna e ajudam a manter a solução ácida ativa por mais tempo, podendo assim, trabalhar em um estado parcial de carga que as baterias simples não suportam, conseguindo garantir suprir as necessidades de carga que as partidas do sistema Start/Stop demandam. São aplicadas, em geral, em veículos com sistema Start/Stop simples.

Baterias AGM

Já as Baterias AGM, que se traduz para “malha de vidro absorvente”, são equipadas com separadores de fibra de vidro absorvente que visam a absorção total do eletrólito, evitando seu livre movimento e melhorando seu contato com as placas ativas da bateria, aumentando sua eficiência, até mesmo em relação às baterias EFB. A tecnologia AGM é considera hoje uma das melhores do mercado e é destinada a automóveis de alta performance que exigem baterias mais potentes.

Todavia, não se deve aplicar uma bateria AGM em um veículo que utiliza bateria EFB, ou vice-versa, pois cada sistema possui características e necessidades específicas, sob o risco de perdas significantes de eficiência, diminuição da vida útil da bateria e danificação dos demais componentes do veículo.

Fonte: Oficina Brasil

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