Pular para o conteúdo

Setor de seguros vive momento aquecido em fusões e aquisições

A criação da joint venture entre Bradesco Seguros e Swiss Re Corporate Solutions anunciada ontem é o mais recente exemplo de quão aquecido está o mercado de fusões e aquisições no ramo segurador. Desde o ano passado, 25 operações relevantes foram concluídas e outras 12 anunciadas, de acordo com dados da Transactional Track Record levantados pelo escritório de advocacia Mattos Filho a pedido do Valor. Além dessas, outras três operações internacionais foram fechadas com reflexos no mercado brasileiro.

A expectativa de Alessandro Ribeiro, sócio da área de fusões e aquisições da consultoria PwC, é que este ano seja mais aquecido em operações de fusão e aquisição do que foi o ano passado no ramo de seguros. A lógica dessa tendência no mercado local é clara: por um lado, bancos têm interesse cada vez menor em operações que não façam parte de seu negócio principal, e de outro, instituições internacionais seguem em busca do aumento de participação no Brasil. “Tem muitas seguradoras e resseguradoras estrangeiras de olho no país”, afirma Ribeiro.arte14fin-101-ma-c1

Além das conversas entre Swiss Re e Bradesco, que tiveram um desfecho na noite da última terça­feira, a gestora de private equity Vinci Partners vinha negociando a venda da seguradora e resseguradora Austral para os chineses da companhia de investimentos Fosun. O Valor apurou que as conversas esfriaram e agora a Vinci deve rever a decisão de vender o negócio. Já o banco Brasil Plural está interessado em atrair um sócio para aumentar o capital da resseguradora Terra Brasis e tem estudado alternativas.

A atual onda de operações de troca de controle no setor segurador teve início em 2014 com a venda pelo Itaú Unibanco da Itaú Seguros Soluções Corporativas para a ACE Seguradora, por cerca de R$ 1,5 bilhão. A empresa vendida conduzia as operações de seguros de grandes riscos do conglomerado brasileiro, com médias e grandes empresas como clientes, com apólices de valores segurados elevados.

Na época, o banco brasileiro afirmou que a operação estava associada à estratégia de focar na comercialização de seguros massificados, tipicamente relacionados ao varejo bancário.

Na sequência, já no ano de 2015, a SulAmérica vendeu para a Axa Corporate Solutions a Sul América Companhia de Seguros Gerais, que passou a reunir a carteira de grandes riscos do segmento de ramos elementares, além da já existente operação no ramo de seguro Dpvat. O valor global da operação foi R$ 135,2 milhões.

“As seguradoras estão buscando o seu foco e expertise e as operações secundárias viram foco de fusão e aquisição. As operações vendidas pelo Itaú e pela SulAmérica eram muito específicas”, comenta o executivo de um banco de investimentos. “A estratégia é fortalecer carteiras chave e vender operações menores.”

Transações menores também confirmam a tendência das seguradoras em focar nas operações principais e sair de negócios em que têm pouca relevância. Recentemente, a Chubb e a AIG anunciaram venda da carteira de automóveis para a líder de mercado Porto Seguro. Esse cenário não é observado apenas no Brasil, de acordo com Ribeiro, da PwC, que vê o movimento acontecer também nos Estados Unidos e em países europeus.

Entre outras operações concluídas desde o ano passado, é destaque o aumento de participação da Travelers
Brasil Aquisition no capital da J.Malucelli em compra de fatia antes detida pelo Paraná Banco. Além disso, a Brasil Insurance comprou o controle da Fidelle Seguros. Entre as operações em andamento, a CNP Asurrance assinou acordo para adquirir 51% da Pan Corretora e da Pan Seguros detida pelo BTG Pactual, o Banco BMG vai adquirir a Capemisa Seguradora de Ramos Elementares, detida pelo grupo Capemisa, e a Prudential anunciou aquisição da IU Seguros, detida pelo banco Itaú.

Muitas empresas fazem parceria com bancos para aproveitar o canal de distribuição e ter maior…
14/10/2016 Setor de seguros vive momento aquecido em fusões e aquisições | Valor Econômico alcance na hora de vender os seus produtos. É o caso da parceria gerada pela italiana Generali com o Banco BMG em um contrato de vinte anos.

A estratégia é vender os produtos da seguradora nos canais do banco para o público­alvo do BMG aposentados, pensionistas e funcionários públicos. A expectativa é que a parceria gere R$ 27 bilhões em prêmios durante a vidência do acordo.

Marina Prado, sócia do escritório de advocacia Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados, vê ainda uma terceira tendência em ramos mais específicos, como é o caso do D&O, modalidade de seguro de responsabilidade civil que visa proteger o patrimônio de altos executivos.

“Os executivos ficam cada vez mais em cima da empresa para contratar esse seguro na hora de aceitar um cargo e em meio à Operação Lava­Jato [da Polícia Federal], as seguradoras não esperavam custos tão grandes com honorários de advogados criminalistas. Não sabemos como esse mercado vai se desenvolver, mas uma parte está tendo que se ajustar e para isso operações de fusão e aquisição podem acontecer”, explica a especialista.

Fonte:  Daniela Meibak | De São Paulo

Pesquisar

Search

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

vulkan vegas, vulkan casino, vulkan vegas casino, vulkan vegas login, vulkan vegas deutschland, vulkan vegas bonus code, vulkan vegas promo code, vulkan vegas österreich, vulkan vegas erfahrung, vulkan vegas bonus code 50 freispiele, 1win, 1 win, 1win az, 1win giriş, 1win aviator, 1 win az, 1win azerbaycan, 1win yukle, pin up, pinup, pin up casino, pin-up, pinup az, pin-up casino giriş, pin-up casino, pin-up kazino, pin up azerbaycan, pin up az, mostbet, mostbet uz, mostbet skachat, mostbet apk, mostbet uz kirish, mostbet online, mostbet casino, mostbet o'ynash, mostbet uz online, most bet, mostbet, mostbet az, mostbet giriş, mostbet yukle, mostbet indir, mostbet aviator, mostbet casino, mostbet azerbaycan, mostbet yükle, mostbet qeydiyyat