Sindirepa Brasil exerce seu direito de reposta e apresenta orientação para procedimento da troca de correia dentada constante na norma ABNT NR 15759 de 2011

O Sindirepa Brasil – Associação de Sindirepas  (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios), destaca que a expressão “picaretagem” usada de forma genérica, na matéria sobre troca simultânea da correia dentada e do tensor atinge toda a classe profissional da reparação de veículos, sem que haja qualquer comprovação do comentário. A afirmação, sem base em pesquisa ou dados concretos, que o desgaste prematuro das peças ocorre 99% das vezes por erro de instalação ou ajuste irregular do tensor prejudica os prestadores de serviços sérios e competentes, generalizando o tema.

O Sindirepa Brasil repudia práticas que lesem os consumidores e recomenda aos reparadores, que os serviços sigam as normas ABNT. A entidade já publicou dezenas de normas para padronização de reparos, indicando os procedimentos corretos. No caso específico da troca da correia dentada, a norma ABNT é a NR 15759: 2011.

A norma especifica os requisitos e a sistemática para os procedimentos de inspeção e substituição de correias de sincronismo, correias de acessórias, agregados e periféricos em motores de combustão interna para os ciclos Otto e Diesel de veículos da frota brasileira.

Nesta norma (item 4.1.1 letra h) há destaque para que a troca do tensionador deve ser feita “com o motor desligado e na temperatura ambiente, verificar visualmente ou com equipamento específico e substituir, se necessário, os componentes: polias dentadas, tensionadores, rolamentos e guias de apoio (visual)”.

Portanto, a norma deixa claro que, no momento da substituição da correia de sincronismo, deve ser observado (avaliado) o estado do tensionador da mesma, tendo em vista que a função deste componente é exercer força (tensão mecânica) na correia de sincronismo, o que promove o tensionamento na mesma. E considerando que a correia está sendo substituída pelo motivo de desgaste, o mesmo ocorre com o tensionador e o rolamento. Com o uso do veículo, há o desgaste natural das peças.

Para o proprietário do veículo, é mais viável economicamente substituir o conjunto (correia e tensor) do que um componente em cada ocasião, além, é claro, da segurança para garantir o funcionamento do motor. É também uma forma de evitar que o tensionador trave ou quebre, provocando a parada imediata do motor em rodovias ou grandes centros, além do risco de causar danos internos no motor e gerar um novo serviço e uma nova mão de obra que seria cobrada pela oficina, após o período de garantia da substituição da correia dentada.

Quanto ao período de troca da correia, o mesmo é definido pelo fabricante do veículo ou do motor.

Por todos esses motivos expostos, o Sindirepa Brasil entende  que o termo “picaretagem” é totalmente inadequado, além de generalizar todo um setor, o qual tem evoluído ao longo dos anos e hoje é responsável pela manutenção da frota circulante do País, estimada em mais de 46 milhões de veículos (levantamento do Sindipeças).

Além disso, o Código de Defesa do Consumidor prevê as penalidades cabíveis para quem tenta ludibriar o cliente.

Atenciosamente,

Antonio Fiola

Presidente do Sindirepa-SP e Sindirepa Brasil

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